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AGO 01, 2018
POR FABIANA SECCHIS
VIVA BEM - DESTAQUE - MENTE
Comprometa-se com a conversa, mantenha o foco recebendo o discurso do outro com empatia e deixe sua fala para depois.
O Renato Zurlini da empresa Primeiros Diálogos escreveu hoje para o VBM sobre ser um bom ouvinte. Será que você sabe ouvir quando alguém quer lhe contar algo?
“Todo mundo acredita que sabe conversar. Algumas pessoas dizem que são “bons ouvintes” ou estão “sempre disponíveis” para os amigos e parentes nos momentos de dúvidas. E sim, eles estão lá e são importantes para um desabafo. Mas, será que estas “conversas de bar” são realmente úteis para nos tirar as angústias do momento? Minha percepção como Dialoguista e Mediador de Conflitos diz que não.
Por isto, vendo essas dificuldades no dia a dia da minha vida e no consultório, criei uma cartilha chamada o “Novo Diálogo”: pequenas ações com seu interlocutor que podem mudar completamente o entendimento das conversas. Acredite, isto vai fazer a diferença, até porque a maioria das pessoas, além de não conseguir se expressar de forma clara, não consegue ouvir sem julgamentos. E isso é bom em qualquer contexto: com amigos, com seu parceiro e no trabalho, gerando mais produtividade, e, claro, sobrando tempo para outras coisas, como: ler um livro, assistir um filme e melhorar a sua própria qualidade de vida.”
“Para começar, a ideia é ser um bom ouvinte. Seja gentil e deixe o outro falar. Guarde seu telefone: nada deixa as pessoas mais desanimadas que uma mensagem ou uma olhada rápida no celular. Comprometa-se com a conversa, mantenha o foco recebendo o discurso do outro com empatia e deixe sua fala para depois. As pessoas gostam de saber que você está escutando: faça perguntas simples para esclarecer algo e seja curioso. Use perguntas investigatórias: “O que aconteceu depois?” ou “Porque ele disso isso?”. A chave aqui é assegurar a compreensão do que foi dito ao invés de levar a conversa para outro assunto. Pratique a escuta reflexiva: repita o significado do que está sendo dito usando suas próprias palavras para mostrar que absorveu a informação. Não julgue e mantenha sua mente aberta. Isso faz com que você seja mais acessível e interessante. Nada é mais antipático do que uma pessoa que tem opinião formada sobre tudo e não está disposta a ouvir. Mantenha a empatia. Aliás, é sempre importante evitar os obstáculos de empatia: aconselhar, competir pelo sofrimento, educar, consolar, encerrar o assunto, solidarizar-se ou interromper começando uma nova história.”
“Quando o tópico se esgotar, chegou a hora da sua fala. Se o assunto é importante, procure planejar antes. Tenha tempo de refletir sobre os principais pontos do diálogo e organize os fatos e argumentos que vai usar para ter maior segurança na situação. Fale sempre em primeira pessoa: assim, você evita que o seu interlocutor assuma uma postura defensiva e, por mais difícil que possa ser, seja franco e direto. Diga os verdadeiros motivos que o levaram a tomar tal decisão, argumentando e mostrando seu ponto de vista de maneira clara. Mantenha a calma e o foco, usando uma linguagem corporal positiva e levemente inclinada em direção ao locutor, com um tom entusiástico, sem cruzar os braços e mantendo o contato visual. Seu próximo diálogo tem 100% de chances de ser um enorme sucesso e aí sim, você vai se transformar no verdadeiro bom ouvinte.”
“Renato Zurlini 46, foi Diretor de Arte antes de mudar de carreira. Atualmente é Dialoguista, Mediador de Conflitos, Facilitador em Processos Circulares e Surfista. Fundou o Primeiros Diálogos com o propósito de transformar as relações humanas através do diálogo.”
Site: https://primeirosdialogos.com.br/